segunda-feira, 9 de março de 2009
Matéria bem legal que eu encontrei no www.omelete.com.br
Uma das coisas mais legais de se crescer
A graça era ir num lugar com muita gente e entrar na fila, que funcionava num esquema informal de “quem ganha fica”, podendo contar ainda com as mais diversas variações: “Não vale o Bison”, “Sem agarrar!”, “Duas vidas” etc. Na minha rua, uma vez o Netinho passou a tarde com uma ficha só e entrou para a história, mas, numa sessão posterior, apanhou brutalmente de um moleque menor que jogava com o E. Honda e caiu
Os fliperamas, assim como meu amigo Netinho, caíram em desgraça, e as máquinas novas simplesmente pararam de chegar no Brasil. Na mudança definitiva para os consoles, o interesse pela série Street Fighter também caiu (o meu, pelo menos); as infinitas continuações pareciam se tornar cada vez mais complexas, exigindo níveis de coordenação motora que alguém normal jamais poderia alcançar. E só uns poucos jogos de luta, como Super Smash Bros., davam vida ao gênero. Todo esse preâmbulo enorme para dizer que, quando a Capcom anunciou que estava trabalhando num novo Street Fighter, e que o objetivo deles era fazer um jogo tão divertido quanto o segundo volume da série, as expectativas foram lá para o alto. Como criar um jogo novo, do zero, com a tecnologia disponível hoje em dia e para os jogadores de hoje em dia, mas que faça jus à memória que temos do original?
A solução foi não reinventar a roda. Embora os personagens e os cenários de Street Fighter IV sejam trimensionais, a jogabilidade foi mantida totalmente em 2D. Mais que isso, e para o bem de todos, os comandos foram simplificados, os golpes são fáceis de encaixar, enfim, o jogo flui do primeiro momento em que você pega o controle. De cara estão disponíveis os doze personagens clássicos, mais os quatro lutadores novos. Ainda é possível liberar seis lutadores e, com algum esforço, Akuma, Gouken e o chefe final, Seth. Os gráficos, conforme prometido, são sensacionais: dos cenários aos modelos dos personagens, tudo é lindo e corre sem nenhum engasgo. Cada lutador tem dezenas de animações próprias, expressões faciais, cacoetes físicos, o nível dos detalhes é impressionante. A trilha-sonora é meio que uma versão moderna — e boa, no geral — do segundo jogo, com direito a momentos de grande nostalgia. Para os puristas, a Capcom deixou uma opção de diálogos em inglês ou japonês.
Claro que, num jogo como SFIV, os gráficos, a música, isso fica quase em segundo plano. O que importa, no fim, é a jogabilidade, os controles e o equilíbrio entre os personagens. Durante a divulgação, a Capcom fez um esforço tremendo para convencer que SFIV era destinado tanto ao público fanático quanto aos jogadores casuais. E na superfície ele é mesmo um jogo que se aprende em uns dez minutos, e você não precisa usar os combos mais complexos para ganhar uma luta, nada que uma boa sequência de rasteiras sujas não resolva. Até os ataques novos saem com facilidade, e com um pouco de prática já dá para incorporá-los às partidas. Nos controles, há umas poucas variações para todos os golpes, em contraste com o Street Fighter III, em que a lista de comandos parecia a tabela periódica. Alguns especiais mitológicos, como o pilão do Zangief, que eu me lembro de nunca ter conseguido emplacar, ficaram acessíveis ao resto de nós.
Mas Street Fighter sempre foi uma série difícil para o diabo, e esse quarto volume não é diferente. Começando pelo computador apelão, bandido, que tem uma idéia de nível médio de dificuldade muito diferente da minha. O chefe final, o tal Seth, é pura areia no olho, mesmo nos níveis mais fáceis. O homúnculo azul se vale de uma série de expedientes escusos: teleporta, dá pilão, shoryuken, sonic boom, em suma, é um grandessíssimo canalha, desses que te massacram sem possibilidade de resistência. E como o Street Fighter, apesar da superfície casual dessa edição, é no fundo um jogo voltado ao público especializado, há por trás de tudo combos e macetes dificílimos, que demandam comprometimento demais para uma pessoa normal. Existe um modo “trial”, que supostamente ensinaria as sequências mais cabeludas, porém o tipo de precisão que se pede ao jogador não é desse mundo. No fim, o legal continua sendo jogar entre amigos, quando o desconhecimento generalizado desses truques não faz falta a ninguém.
1 comentários:
ADOROOOOOOOOOO STREET , MAS O Q EU SINTO SAUDADE MESMO É STREET VS X-MEN ...EU ADORAVAAAAAAAA...E NUM ACHO NEM NOS SHOPPINGS
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